ESPECIAL - A ORIGEM DA ÁRVORE DE NATAL

25/12/2011 14:13

A maioria das tradições cristãs teve suas origens em tradições não cristãs. Muitas delas, especialmente as relacionadas à Páscoa e ao Natal, surgiram no mundo em religiões consideradas pelos cristãos como "pagãs", existentes milhares de anos antes do surgimento do cristianismo. Este é o caso, por exemplo, da Árvore de Natal. 

Há certa de três mil anos antes de Jesus ter nascido, civilizações do norte da Europa e da Ásia já cultuavam as árvores como símbolos sagrados. Para muitos povos daquela época, o fato da raiz de uma árvore estar fincada no solo e de seu tronco crescer em direção vertical era motivo para considerá-la como um veículo de comunicação entre a terra e o reino dos deuses - isto é, o céu. Crenças semelhantes a esta também são encontradas nos mitos e lendas dos povos indígenas das Américas do Norte, Central e do Sul, e de algumas tribos africanas. Na África, algumas tribos de origem Yorubá consideram o baobá como uma árvore que permite a comunicação entre seu povo e seus deuses. 

Esse antigo hábito de cultuar as árvores desta forma chegou também aos povos nórdicos da Europa. Os Vikings, por exemplo, homenageavam Odin, o rei de seus deuses, depositando presentes para as crianças ao redor da raíz de um carvalho. Essa mesma tradição foi adotada por povos germânicos, dos quais são descendentes os atuais alemães. Na tentativa de eliminar essa atividade como um culto "pagão", em meados do século XVI monges beneditinos a adotaram como atividade cristã. Assim surgiu a tradição propriamente dita da montagem da Árvore de Natal, com ornamentos diversos, como aquelas, artificiais, que atualmente são montadas pala comemorar o Natal em praças públicas em muitas cidades do mundo, e aquelas de diversos tamanhos, que durante o período natalino ornamentam as residências das famílias cristãs.

Seja como for, é muito interessante notarmos como as civilizações sempre consideraram as árvores como elementos fundamentais para nossa própria existência. Hoje estudos científicos confirmam a necessidade de preservar áreas florestais pelo fato de que as árvores, mesmo as que não geram frutos comestíveis, ajudam a purifucar o ar que respiramos. Mas o avanço da ciência não impediu a continuidade do culto às árvores como elementos religiosos, como elos entre humanos e deuses ou Deus. O mais importante, porém, é que, independentemente de credos, raças ou culturas, essas tradições ajudam a manter o sempre saudável hábito das confraternizações em família, entre amigos, entre coleas de trabalho, etc., mesmo que seja apenas numa determianda época de cada ano.

Feliz Natal para todos vocês.